
É muito triste ver em que situação chegou a igreja evangélica de nossos dias depois que homens como Martinho Lutero, Calvino, Zuínglio e tantos outros reformadores, lutaram e se expuseram ao perigo e muitos deram até a suas próprias vidas pela causa do verdadeiro evangelho de Cristo.
Nos dias destes homens o Espírito Santo fez acender em seus corações a chama pelo evangelho da cruz, eles foram incendiados de amor por Cristo e pelo seu povo.
Povo este que se encontrava em total escuridão, em um emaranhado de misticismos, culto a relíquias dos santos do passado, peregrinações a lugares santos, bênçãos sacerdotais e coberturas espirituais daquela que se dizia a única igreja de Cristo, a igreja católica romana que dizia e ainda diz deter as chaves do céu e tem poder para excomungar e mandar para o inferno todos aqueles que se oporem a sua tirania e autoridade como tal.
Na verdade aquele povo fazia tudo isto porque lhes foi ensinadoque para obter os favores de Deus quanto a salvação de suas almas e proteção aqui na terra contra todos os males que poderiam alcança-los, eles teriam que fazer certos sacrifícios para mover a mão de Deus.
Meu amado irmão medite um pouco neste breve resumo que fiz da situação que se encontrava aigreja do século XVI e você encontrará com certeza muitas semelhanças com as nossas igrejas evangélicas do século XXI.
Quero fazer aqui algumas comparações: As pessoas criamque não podiam ir diretamente ao Pai em oração sem o intermédio de um sacerdote ordenado a quem tinham que fazer suas confissões de pecados para receber o perdão.
Hoje apesar de muitos orarem diretamente a Deus em nome de Jesus, nos seus corações ainda continuam crendo que a oração de seus pastores, apóstolos e bispos, são mais poderosas e eficazes que as deles.
Na verdade continuam precisando de um mediador, de um sacerdote “ungido” para poderem ser aceitos e abençoados por Deus quando a palavra de Deus diz: “Não há nenhum outro mediador entre Deus e o homem a não ser Jesus Cristo homem.”
No passado o culto a relíquias que eram fragmentos dos apóstolos e santos da igreja, pedaços da cruz, e tudo o que pudesse ser relacionado a cristandade, era exposto e cultuado pelos cristãos.
Para isso, tinham que pagar para ver e prestar culto a estas coisas, e como recompensa estariam livres do purgatório, dos demônios e salvos dos seus pecados.
Hoje vemos em muitos cultos muitas destas “relíquias” expostas em nossas igrejas, tais como: Os vários pontos de contato, sabão, rosa ungida, manto de Jesus, água milagrosa e óleos diversos que se transubstanciam pela oração do “pastor, bispo ou apóstolo ungido” e etc.
Mesmo nas igrejas evangélicas mais ortodoxas, não podemos imaginar uma igreja e um culto a Jesus sem os seguintes aparatos: Um templo com altar, púlpito, equipe de louvor, dízimos, ofertas diversas, ordens de culto, como se todas estas coisas fossem realmente essenciais para cultuarmos aquele que se esvaziou de sua glória celestial e habitou entre nós cheio de graça e de verdade e que disse que o Pai busca verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade.
O grande pecado destas “relíquias” é que elas tomam o lugar de Cristo como Salvador e mediador dos homens e tudo aquilo que toma o lugar de Cristo o apóstolo João diz que é um anticristo. (1ª Jo 2: 18-19)
Aquela geração foi liberta pela maior herança deixada pelos reformadores a igreja, o resgate das Escrituras como nossa única autoridade e regra de fé e prática.
A medida que liam a Bíblia se libertavam de todos os jugos de homens e recebiam com bom grado o jugo de Cristo que é suave e leve.
Finalizo com a seguinte oração: Senhor Jesus reforme a nossa igreja do século XXI!
Pr Nivaldo Júnior
Teólogo, Apologéta
Pastor Igreja Batista Osório - RS